Arquivo da tag: Cinema

Duna – Parte 2

Publicado em

A saga da família Atreides no planeta Arrakis dos livros de Frank Herbert nos anos 60, foi referência para muitas produções cinematográficas da ficção. A mais notável sem sombra de dúvidas foi Star Wars que alcançou o maior sucesso e o maior número de fãs e entusiastas. Se você prestar atenção, tudo que está em uma obra você facilmente encontra na outra. Uma galáxia dominada por um império, um jovem que no decorrer da saga descobre que é especial, um culto de milênios, e um inimigo poderoso que manipula tudo a distância. Mas o que mais chama minha atenção é fato de que uma outra história muito mais conhecida também esta presente de uma maneira muito singular. A história de um messias prometido por profecias de milênios que virá para libertar um povo do julgo de um império opressor, e que transformará a vida de todos. Preste bem atenção nisto.


O diretor Denis Villeneuve que já brilhou em Duna – Parte um, nos transporta para um universo da ficção científica poucas vezes visto e que com certeza levará o muito público aos cinemas. Efeitos especiais incríveis, trilha sonora de primeira linha, roteiro bem desenvolvido e atuações e ação impecáveis. Alguns já consideram o longa uma obra prima, e o Rottem Tomatoes dos EUA que compila as opiniões dos principais críticos de cinema deu uma nota de 97% ao longa.


Parabéns ao diretor, a produção, e em especial a Timothée Chalamet (Paul Atreides) que consegue com seu talento nos surpreender e convencer com um personagem complexo que ás vezes tem que decidir e agir levando em contas seus mais profundos dilemas, medos e responsabilidades.


É um filme imperdível com um nível altíssimo de qualidade em todos os aspectos. Vale a pena ir ao cinema, e a experiência fica ainda mais prazerosa ampliada pelo IMAX.

Por Álvaro Machado

Ferrari

Publicado em

Dirigido pelo diretor Michael Mann (O informante, O Último dos Moicanos), e estrelado por Adam Driver (“Enzo Ferrai”), Penélope Cruz (“Laura Ferrari), o longa é uma cinebiografia que nos traz uma parte da história do empresário italiano criador de uma das mais famosas e desejadas marcas de veículo esportivo do mundo.  

Perfeccionista, o seu desejo e obsessão era construir carros perfeitos que fossem capazes de sempre vencer seus concorrentes, para poder vende-los, assim como ainda é hoje, a um grupo seleto de clientes. Mas esta obsessão que o leva à quase falência, os problemas pessoais que envolvem a morte do filho por uma doença, assim como a lembrança de amigos que morreram na época que ainda era também um corredor, o fazem se sentir acuado e pressionado. Sua única opção para valorizar sua marca é vencer as Mille Miglie que é uma corrida de rua e estrada, para mostrar qualidade e capacidade de seus carros, principalmente sobre sua principal concorrente na época que era a também famosa e ainda muita conhecida Masserati.

Particularmente, não é o tipo de filme que me agrada. Preferiria uma biografia mais voltada para sua vida com ênfase na criação da marca Ferrari. Acredito que vai alcançar e agradar um público muito especifico, principalmente aqueles que gostam de automobilismo, pois terão a oportunidade de ver como as coisas funcionavam nos idos de 1950, antes da Fórmula 1, onde os pilotos usavam apenas um capacete, roupas comuns, e nem cinto de segurança tinham.

Uma curiosidade é a participação do brasileiro Gabriel Leone (“Alfonso Portago”)  que faz o papel de um playboy espanhol que em determinado momento se torna o principal piloto da escuderia, e que em breve vai viver Ayrton Senna, no longa “Senna” que estreia ainda este ano. Você verá nesse longa algumas coisas muito semelhantes.


por Álvaro Machado

Argylle

Publicado em

Gênerico de 007. Esta é a definição de Argylle. Para quem gosta de filmes de espionagem, é um prato bem servido. Inúmeras são as referências e as cenas simplesmente copiadas dos filmes do mais famoso dos espiões. Inclusive é escandalosa uma cena em que nitidamente você se sente na abertura de um filme de 007.

Dirigido por Matthew Vaughn (‘Kingsman’) e estrelado por Henry Cavill (‘The Witcher‘, ‘Liga da Justiça‘), Sam Rockwell (‘Jojo Rabbit’), Bryce Dallas Howard (‘Jurassic World‘), Bryan Cranston (‘Breaking Bad’), Catherine O’Hara (‘Schitt’s Creek’), John Cena (‘Velozes e Furiosos 9′), Samuel L. Jackson (‘Espiral: O Legado de Jogos Mortais‘) e a cantora pop Dua Lipa, apesar de não ser uma história de espionagem tradicional, tem todos os clichês que se espera deste tipo de filme.

Ao que parece será uma nova franquia, já que o diretor Mattew Vaughn, dirige também a bem sucedida franquia de Kingsman que já conta com 3 filmes.

Bem humorado, e com todas as cenas “clichês” dos filmes de espionagem, quem assistir vai se divertir. Mas se alguém for ao cinema esperando uma grande participação de Superman (“Henry Cavill”’) vai se decepcionar um pouco. Embora a publicidade trabalhe bastante com sua imagem, você vera que a história não é bem assim.

Aquaman 2

Publicado em

Melhor que o primeiro. Sim, o segundo e último filme do Aquaman do Snyderverse é muito melhor que o primeiro. Embora tenha alguns problemas no roteiro, invencionices (nunca ví o Tridente Negro nos quadrinhos) e exagerando um pouco no “alívio cômico” Aquaman 2 é um filme que consegue levar ao espectador diversão e ação.


O longa começa mostrando o quanto é desgastante e complicado para ele dividir seu tempo entre suas obrigações como pai de família (ele e suas obrigações como soberano de Atlântida. Ele agora é pai e precisa estar presente no dia a dia do seu filho. Tudo vai indo até que seu arqui-inimigo Arraia Negra, ainda querendo se vingar pela morte do pai, descobre um segredo até então muito bem guardado pelos Atlantis, que pode levar tanto Atlântida como toda a humanidade à total destruição. Só que para poder vencer, Aquaman é obrigado a deixar as diferenças de lado e buscar ajuda de seu irmão Orm, antigo rei de Atlândida no filme anterior.

Com uma pegada bastante ecológica e atual, mas também com um pouco de mistério e uma pitada de terror, o longa é uma boa mistura de ação, aventura, humor (não deixe de assistir a cena pós crédito) e drama.


Estrela por Jason Momoa (“Aquaman”), Patrick Wilson (“Orm”), e Amber Heard (“Mera”), Yahya Abdul-Matten II) (“Arraia Negra”), e com a direção de James Wan, o longa é eficaz e cumpre melhor que muitos outros filmes de heróis, seja da Marvel ou da DC, o seu papel de trazer diversão.

Som da Liberdade

Publicado em

Considerado o filme mais polêmico de 2023 chega aos cinemas brasileiros Som da Liberdade (“Sound of Freedom”, no original). Dirigido pelo diretor mexicano Alejandro Monteverde (“Bella”) e estrelado por Jim Caviezel (“A Paixão de Cristo”), Mira Sorvino (“After – Depois da Promessa”), Bill  Camp (“12 Anos de Escravidão“), Cristal Aparício (“Perdida”), Javier Godino  (“O Segredo dos Seus Olhos”), Yessica Borroto Perryman (“Quatro Estações em Havana”), Eduardo Verástegui(“Segurança de Shopping 2”), Gustavo Sánchez Parra  (“Amores Brutos”) e José Zúñiga (“Crepúsculo”), o longa é um drama de ação baseado em fatos reais, que se debruça sobre a questão dos pedófilos e do tráfico de crianças.

No longa, dois irmãos Hondurenhos, Miguel de oito anos e sua irmã Rocío de 10 anos, são sequestrados e levados para a Colômbia através de um infame e sórdido esquema de tráfego infantil. Nada é explicito, mas fica bastante evidente as situações degradantes e repugnantes pelas quais são obrigados a passar.

Tim Ballard (Jim Caviezel), é um agente especial americano que em sua caça por pedófilos acaba por salvar Miguel. Quando entende os abusos e o sofrimento pelos quais o menino passou; e fica sabendo sobre Rocio (que ainda está em poder dos traficantes), seu caráter cristão, e seus sentimentos como pai o levam a largar tudo para buscar por ela e capturar seus algozes.

O filme tem uma grande carga de emoção e seu ritmo com mais de duas horas não deixa a história em momento algum ficar monótona. O roteiro com o viés cristão, tem seus problemas no que se refere a várias situações nitidamente improváveis, mas nada que comprometa a mensagem que deseja passar. O longa é bem desenvolvido e consegue equilibrar sentimento cristão, empatia, drama e ação.

A atuação das crianças Lucás Ávila (Miguel) e Cristal Aparicio (Rocio) que vivem os irmãos sequestrados merece destaque e aplausos. Jim Caviezel, excelente ator que é, tem atuação consistente e convincente, mas deveria projetar um pouco mais a voz. Em vários momentos, a voz abafada do ator nos remete a Bruce Wayne falando como Batman.

O Som da Liberdade é um drama denso, e por ser baseado em fatos reais se torna ainda mais comovente. Gerou várias polêmicas, mas se tornou o primeiro filme cristão independente a ultrapassar a marca de U$ 100 milhões no mercado interno americano desde a pandemia, chegando a ultrapassar a bilheteria do último filme de Indianas Jones. É a realidade ultrapassando a ficção.

Por Álvaro Machado

Gran Turismo: De Jogador a Corredor

Publicado em

“Gran Turismo” é uma adaptação cinematográfica emocionante do icônico jogo de corridas homônimo do PlayStation, que mergulha o público em um mundo onde a velocidade, a paixão pelo automobilismo e a busca pela perfeição se entrelaçam de maneira fascinante. Inspirado em pessoas reais, o filme captura a essência da franquia e traz uma história que vai agradar os fãs de longa data e também novos espectadores.

Dirigido por Neill Blomkamp, e estrelado por David Harbour, Orlando Bloom e Archie Madekwe, o filme recria o ambiente do jogo de forma impressionante, oferecendo aos espectadores a oportunidade de sentir a emoção das corridas em primeira mão. A história segue o jovem jogador de videogames Jann Mardenborough (Archie Madekwe) cujo sonho é se tornar um piloto e correr nos grandes circuitos mundiais. O longa acompanha sua jornada desde a academia de corredores até os palcos mundiais das corridas profissionais.

Um dos pontos altos do filme é a atenção meticulosa aos detalhes, que permite que o público se conecte com a história de maneira profunda. Os cenários e carros são recriados com precisão, imergindo os espectadores em um ambiente virtualmente realista. As sequências de corrida são deslumbrantes, capturando as emoções e desafios das competições em alta velocidade e até mesmo as tragédias, mas sempre mantendo a essência do jogo.

Os artistas e personagens que inspiraram a franquia “Gran Turismo” são homenageados de maneira sutil, com referências visuais e elementos que capturam a essência de suas contribuições para a cultura automotiva. Nomes lendários do automobilismo servem como fonte de inspiração para os personagens e suas jornadas, trazendo uma decoração realista à trama. Além disso, a paixão pelo design e a engenharia automotiva que sempre permearam o enredo do jogo são habilmente recriadas.

A trilha sonora do filme também merece destaque, uma vez que amplifica a emoção das corridas e envolve o público nas cenas de ação. A variedade de faixas musicais ajuda a criar uma atmosfera envolvente que contribui para a experiência visual.


Em resumo, “Gran Turismo” é uma adaptação cinematográfica que presta um tributo emocionante à amada franquia de jogos. Inspirado em pessoas reais que ganharam sua marca na cultura automotiva, o filme oferece uma experiência repleta de adrenalina, emoção e uma dose saudável de nostalgia para os fãs do jogo original. A combinação de performances sólidas, recriação visual impressionante e paixão pelo automobilismo tornam esta adaptação uma homenagem digna a um dos jogos mais icônicos da história do PlayStation.

John Wick 4: Baba Yaga

Publicado em

John Wick 4: Baba Yaga, estrelado por ninguém menos que Keanu Reeves (Matrix) mantém o nível dos outros filmes anteriores, e entrega muita ação do início ao fim. O filme também conta com Donnie Yen (Mulan), Bill Skarsgard (It: A Coisa), Hiroyuki Sanada (Westworld) e a popstar Rina Sawayama no elenco principal.

Nessa quarta parte da série John Wick enfrenta seus adversários mais letais até agora ele leva sua luta contra a Alta Cúpula de forma global, enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova York a Paris, de Osaka a Berlim (Sinopse).

De certa forma, o filme me remeteu um pouco aos filmes antigos de “Bang Bang”, que retrata um “pistoleiro” solitário, com o preço por sua cabeça cada vez mais alto, com direito a perseguições, confrontos físicos e duelo.

As cenas de ação além de criativas – como na sequência em que Wick entrar em uma casa e toda movimentação e acompanhada por uma ótica de cima – são cuidadosamente conduzidas em uma coreografia muito bem ensaiada, deixando tudo mais realista. Peca apenas no exagero e na falta de humanidade do protagonista, que sai ileso a uma queda do quinto andar.

Com muito tiro, porrada e bomba, por quase 3 horas que, apesar de envolventes, deixaram o filme um pouco extenso de mais, algumas sequências poderiam ser encurtadas, como a da escadaria no final do filme, se prejuízo algum para o entendimento do longa.

O longa pode sim ser considerado o melhor filme da franquia. Com cenários inventivos e cenas de ação brutais, o novo filme consegue oferecer uma nova ótica sobre o herói enquanto desenvolve uma intensa história repleta de cenas épicas que vão marcar a história do cinema.

Eternos

Publicado em

Estrelado por Angelina Jolie (Thena), Gemma Chan (Sersi), Richard Madden (Ikaris), Kumail Nanjiani (Kingo), Lauren Ridloff (Makkari), Brian T. Henry (Phastos), Salma Hayek (Ajak), Don Lee (Gilgamesh), Lia McHugh (Sprite), e dirigido pela ganhadora
do Oscar Chloé Zhao, o longa apresenta história de um grupo de super-heróis chamados Eternos, que foram enviados do planeta Olympia para Terra a 7 mil anos atrás, com o objetivo de protege-la dos Deviants. Acreditando que os Deviants foram exterminados, e impedidos de influenciarem no destino e evolução da humanidade, o grupo se desfaz e cada um dos heróis passa a viver sua própria vida, até que os eventos ocorridos em Vingadores: Ultimato, desencadeiam uma nova e perigosa situação, que os levam a se reunirem novamente.


A Marvel e a diretora Chloé Zhao, trouxeram ao longa, inclusão e diversidade cultural, poucas vezes vistas em um único filme, e isto foi possível graças a atualização de vários personagens das revistas em quadrinho. De qualquer maneira, é fácil perceber que temos em cada um destes “novos” heróis, um espelho de outros já bastantes conhecido do público. Estão presentes o equivalente ao Super Homem (Ikaris), ao Flash (Makkari), Mulher Maravilha (Thena), Lanterna Verde (Phastos), Hulk (Gilgamesh). Um detalhe que chama atenção, é o fato de que em alguns momentos do longa, o Super Homem e o Batman, personagens da DC, são citados nominalmente. Se estão no mesmo universo, será que podemos esperar ou pensar em um possível crossover?


O longa deixa a desejar em seu ritmo e na forma de apresentação dos personagens. Várias situações são mal explicadas, deixando alguns buracos no roteiro. Embora faça parte do MCU (Universo Compartilhado Marvel) não fica claro como estes heróis irão contribuir para a expansão e ampliação deste universo. Acredito que as duas cenas pós-credito podem conter pistas para os aficionados de plantão que estão mais familiarizados com estes “novos” heróis.

De qualquer forma, é um filme que embora possa deixar a desejar no quesito empolgação do expectador, não vai fazer feio junto ao seu público-alvo. O longa tem romance, humor, belíssimas cenas em locações reais ao redor do mundo, efeitos especiais decentes, uma ótima trilha sonora que começa com Pink Floyd, e uma ótima dose de ação.

Por Álvaro Machado

007 – No Time To Die

Publicado em

O nome é Craig, Daniel Graig, ou melhor: – Bond, James Bond. Se alguém em algum momento tinha dúvidas de que Daniel Graig seria um bom 007, acredito que depois de acompanhar o longo tempo em que ele usou o smoking de James Bond já não tem mais esta dúvida. E isto pode ser confirmado na última vez em que isto acontece. 

Estrelado por Daniel Graig (James Bond), Rami Malek (Safin), Léa Seydox (Madeleine), Lashana Lynch (Nomi), Bem Wishaw (Q), Naomie Harris (Moneypenny), Jefrey Wright (Felix Leiter), Cristoph Waltz (Blofeld), Ralph Fiennes (M), Ana de Armas (Paloma), Billy Magnussen (Logan Ash), Rory Kinnear (Tanner), David Denick (Obruchev), Dali Benssalalh (Primo), o longa traz tudo que se pode esperar de um filme de James Bond. Apesar de resolver determinadas situações de maneira pouco críveis e inusitadas, o roteiro tem muita ação e surpresas, ao mesmo tempo que entrega talvez, o filme mais emocionante da franquia até agora. 

Se considerarmos os filmes protagonizados por Daniel Graig, como uma mini-série dentro da franquia, o filme anterior (007 Contra Espectre) é a primeira parte desta “season finale”. Bond deixou o serviço secreto, e está desfrutando uma vida tranquila na Jamaica, quando seu velho amigo Felix Leiter (agente da CIA) aparece pedindo ajuda para resgatar um cientista sequestrado. Isto faz Bond voltar à ativa e sair ao encalço de um vilão até então desconhecido, que pretende fazer uso de uma tecnologia que pode aniquilar toda, ou quase toda humanidade.

Uma característica que chama a atenção, são as diversas cenas que nos remetem a diversos filmes da franquia. Aqueles que conhecem e acompanham os filmes de Bond se sentirão muito à vontade, pois o que não falta são “easter eggs”. Alguns são bastantes sutis, exigindo um bom conhecimento dos filmes da franquia; e outros bem mais evidentes e fáceis de encontrar. Um deles, é a visão de uma sala na sede do MI6 onde podemos ver quadros que mostram todos os que um dia foram M (chefe do 007) desde os tempos em que Sean Connery era o protagonista. 

O longa tem 2 horas e 43 minutos, a maior sequência de pré-credito, foi dirigido pela primeira vez por um americano, Cary Fukunaga, e tem como interprete de sua música-tema Bille Eilish que ganhou o Grammy em 2020 pela primeira vez na história da premiação com a música de um filme inédito, em função do adiamento do filme por causa da Covid.

A espera valeu a pena. Daniel Graig se despede de maneira digna, com um filme que traz emoções, muita ação, e sequencias memoráveis.    

Por Álvaro Machado

Frozen 2

Publicado em

Frozen2

Arriscar fazer a continuação de um filme de grande sucesso não é tarefa fácil. No caso de Frozen, até quem não viu o primeiro longa já viu em algum lugar a imagem da princesa de cabelos loiros trançados e vestido azul, e já ouviu o verso “Let it go” por aí… Felizmente a Disney não tem dificuldades em encarar esse desafio, com franquias de sucesso como Toy Story por exemplo.

A magia de Frozen vai além dos poderes de Elsa. Passa pela fórmula que foi novidade no primeiro filme e se repete intensamente no segundo: não se trata da história clichê das princesas Disneys (do príncipe que salva a princesa e vivem felizes para sempre) trata-se de uma relação de amor entre irmãs, e as princesas, apesar de contar com o auxílio de personagens masculinos, não dependem deles para enfrentar os desafios.

Frozen 2 encarou o desafio de fazer uma continuação sem estragar o roteiro do primeiro filme, construindo uma ligação entre passado e futuro que inclusive é tema do enredo. Com a qualidade da Disney, as cenas são belíssimas e a história carrega todas as emoções necessárias, levando das gargalhadas às lágrimas.

A diversão fica na maior parte do tempo por conta de Olaf, que consegue carregar muito bem essa responsabilidade. Na versão brasileira, merece crédito o trabalho de Porchat que foi excepcional na dublagem do boneco de neve segurando os momentos cômicos sem se perder na mera tradução das falas.

Falando em tradução, esse é um tópico que pessoalmente me incomoda em Frozen, tanto no primeiro, quanto no segundo filme. Isso porque perde-se muito do sentido das letras trocando as expressões “let it go” por “livre estou” (do 1o filme), fato que se repete com “into the unknown” e “minha intuição” nesse segundo. Porém, é compreensível pela sonoridade requerida pelas canções, o que torna o fato perdoável.

A animação é um ótimo programa para toda família. As crianças vão mais uma vez voltar à febre das aventuras de Elsa e Anna e os adultos vão ter algumas boas risadas enquanto acompanham os pequenos. Ótima pedida para as férias.

Spoiler do bem: tem cena pós créditos.
Por Thayssa Maira